segunda-feira, 29 de junho de 2015

SYREN - MOTORDEVIL




                    Heavy metal moderno e pesado. Não há melhor definição para o que encontramos no excelente MOTORDEVIL, lançado via Shinigami Records, pela banda SYREN. Uma bela mistura entre o metal tradicional e o que vem sendo feito atualmente na cena. Peso na medida certa, guitarras bem timbradas, baixo e bateria muito bem encaixados e o vocal, que se por vezes lembra o mestre Bruce Dickinson, carrega muita técnica e energia durante a execução do trabalho.

                    Formado por Luiz Syren (vocal), Guilherme De Siervi (guitarras - que gravou o trabalho mas não está mais no grupo), Maurício Martins (baixo) e Julio Martins (bateria), o grupo mostra que há muita banda boa pelo Brasil e que, nem sempre, tem seu valor reconhecido. Um trabalho homogêneo, onde o principal destaque é a pegada metal da banda.

                    A intro All Aboard, abre caminho para o petardo Rebellion, que vem carregada de peso e belos riffs, com as características que se fazem presente durante todo o álbum: guitarras afiadas, cozinha pesada e um belo trabalho vocal. Sem contar o refrão, que após a primeira audição, não sai da cabeça! Fighter, segue o ritmo intenso, com destaque para Luiz. The Power of Something, mas cadenciada, deixe o peso em evidência e mostra toda técnica da banda. Eyes of Anger poderia muito bem estar em um dos trabalhos solos de Bruce Dickinson (na fase pós Accident of Birth). Pesada e com um entrosamento perfeito entre guitarra, baixo e bateria, uma das faixas que merecem destaque. Stitched começa mais arrastada e tem um belo trabalho vocal.

                   Motordevil, faixa título do trabalho, traz um convite ao headbanging e mantém aquele pique e pegada forte de bateria. Long Road, talvez seja o grande destaque do trabalho. Um começo mais "na manhã", onde um dedilhado faz a cama para a bela interpretação de Luiz e que acaba se transformando em uma, digamos assim, semi-balada. My Shadow, My Dear Friend traz o peso cadenciado novamente, pra em seguida voltar ao metal tradicional. You're Gonna Die, peada e detentora de um riff bem direto vem a preceder a última faixa, a cadenciada The Prophecy of Marduk, que encerra o álbum da forma como se iniciou: pesado e com aquele felling do metal tradicional.

                    Um grande álbum, que remete a grandes nomes do metal mundial (Bruce Dickinson solo, Seven Witches foram os nomes que me vieram a mente), mas que possui características próprias, visto a qualidade dos músicos envolvidos. Que o Brasil saiba reconhecer mais uma grande banda da terrinha. Se fosse lá fora...

                                                                      SYREN

Sergiomar Menezes

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